quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ajudar faz bem


Nossa sociedade vem passando por transformações muito importantes nesses últimos anos. Na década de 80, boa parte dos jovens, em razão dos problemas com a ditadura e com a liberdade de expressão assumiram uma postura crítica e politizada em relação às suas ações sociais. Viveu-se o momento das “diretas já” com o fim do governo militar e alguns anos mais tarde, os cara-pintadas chamaram a atenção do Brasil no primeiro processo de Impeachment imputado contra um presidente, no Brasil.
Com a democracia reestabelecida, o que se viu foram as criações de parlamentos (congresso e senado) muito corruptos, usando da máquina pública como cabide de empregos e como meio de enriquecimento ilícito sem que a população tivesse acesso e poder para novamente interferir nesse processo.
Com essa série de insucessos na área política pode-se perceber uma grande decepção e consequente desmotivação dos jovens para os assuntos políticos que veem na política grande falta de senso coletivo e completa ausência de moralidade (o que evidentemente não se aplica à totalidade dos políticos).
Se por um lado há um grande prejuízo no processo de renovação das forças políticas – perpetuando no parlamento políticos “velhos” com suas políticas “velhas” – por outro, percebe-se que os jovens têm se dedicado mais a atividades em que se exerça sua força de atuação desvinculada das atitudes político-partidárias. 
Hoje estima-se que 25% dos jovens até 25 anos de idade realiza ou já realizou atividades voluntárias. Na década passada, a participação dos jovens, que representava 7% do efetivo nos trabalhos sociais subiu para 34%. Hoje, mais de 10 milhões de jovens estão engajados em alguma atividade filantrópica.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), “o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem-estar social, ou outros campos”.
Infelizmente, muitos jovens que querem ajudar, ainda não sabem como fazer. Nesse caso, o mais importante é procurar uma entidade sem fins lucrativos (ONG) e se informar sobre como proceder para realizar o trabalho voluntário.
O trabalho filantrópico é gratificante, mas exige do voluntário o compromisso. Uma vez assumida a responsabilidade de ajudar, é importante não abandonar o barco, pois toda a organização passa a contar com sua disponibilidade oferecida. Entretanto, a gratificação que se tem ao praticar uma boa ação, não tem preço. 


Doe seu tempo e ganhe qualidade de vida
● Ao ser voluntário, há a oportunidade de se fazer amigos, viver novas experiências, sem falar na possibilidade de conhecer outras realidades. 
● Trabalho voluntário é uma via de mão dupla: ao doar sua energia e criatividade, quem é solidário enriquece sua formação, aprende informações novas e, ainda, vivencia a satisfação de se sentir útil. 
● O voluntariado é uma ferramenta de inclusão social - todos têm o direito de ser voluntários. Crianças, jovens, pessoas portadoras de deficiência, idosos e aposentados são exemplos de pessoas que podem e devem ser mobilizados.
● Não há fórmulas nem modelos a serem seguidos. Cada voluntário deve buscar o seu próprio caminho e se sentir realizado com a escolha.
Fonte: www.revistavivasaude.uol.com.br

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